A Association of Tennis Professionals (ATP) – em português Associação dos Tenistas Profissionais – é o órgão gestor dos circuitos de tênis profissional masculino – ATP Tour, ATP Challenger Tour e ATP Champions Tour.
Foi formada em setembro de 1972 por Donald Dell, Jack Kramer e Cliff Drysdale com o intuito de proteger os interesses dos jogadores de tênis profissionais. Drysdale se tornou o primeiro presidente. Desde 1990, a associação organiza o ATP Tour, o circuito mundial de tênis masculino e associa o nome do torneio ao nome da organização.
É o órgão regulador do tênis profissional masculino. Em 1990, a organização foi chamada de ATP Tour e foi renomeada em 2001 apenas como ATP e a turnê passou a ser denominada ATP Tour. Em 2009, o nome da turnê foi alterado novamente e passou a ser conhecido como ATP World Tour, mas foi alterado novamente para ATP Tour em 2019. É uma evolução das competições de turismo anteriormente conhecidas como torneios de tênis Grand Prix e World Championship Tennis (WCT).
A sede global da ATP fica em Londres. A ATP Americas está sediada em Ponte Vedra Beach, Flórida; A ATP Europe está sediada em Mônaco; e a ATP International, que cobre a África, Ásia e Australásia, tem sede em Sydney, Austrália.
História #
Iniciada em 1972 por Jack Kramer, Donald Dell e Cliff Drysdale, foi administrada pela primeira vez por Jack Kramer, como Diretor Executivo, e Cliff Drysdale, como Presidente. Jim McManus foi membro fundador. Kramer criou o sistema de classificação dos jogadores profissionais, que começou no ano seguinte e ainda continua em uso.
De 1974 a 1989, o circuito masculino foi administrado por um subcomitê denominado Men’s International Professional Tennis Council (MIPTC). Era composto por representantes da Federação Internacional de Tênis (ITF), da ATP e por diretores de torneios de todo o mundo. A ATP solicitou com sucesso que o MIPTC introduzisse uma regra antidoping, tornando o tênis o primeiro esporte profissional a instituir um programa de testes de drogas.
Em maio de 1973, Nikola Pilić, o jogador de tênis número um da Iugoslávia, foi suspenso por sua associação nacional de tênis de grama, que alegou que ele se recusou a jogar uma eliminatória da Copa Davis por seu país no início daquele mês. A suspensão inicial de nove meses, apoiada pela International Lawn Tennis Federation (ILTF), foi posteriormente reduzida pela ILTF para um mês, o que significava que Pilić não teria permissão para jogar em Wimbledon.
Em resposta, a ATP ameaçou um boicote, afirmando que se Pilić não tinha permissão para competir, ninguém deveria ter. Depois que as tentativas de acordo falharam, a ATP votou a favor de um boicote e, como resultado, 81 dos melhores jogadores, incluindo o campeão Stan Smith e 13 dos 16 cabeças de chave masculinos não competiram no Campeonato de Wimbledon de 1973. Três jogadores, Ilie Năstase, Roger Taylor e Ray Keldie desafiaram o boicote e foram multados pelo comitê disciplinar da ATP.
A turnê ainda era dirigida pelos diretores do torneio e pela ITF. A representação e a influência limitadas dos jogadores no Men’s International Professional Tennis Council (MIPTC) (em tradução livre, Conselho Internacional de Tênis Profissional Masculino), bem como a insatisfação com a forma como o esporte era administrado e comercializado, culminou em um motim de jogadores em 1988 liderado por profissionais de tênis ativos, incluindo o então número 1 do mundo, Mats Wilander, fato que mudou toda a estrutura do circuito.
ATP Tour #
Em 26 de agosto de 1988, a ATP anunciou sua retirada do MIPTC (então chamado de MTC ) e a criação de sua própria turnê de 1990 em diante. Esta reorganização também encerrou um processo judicial contra a Volvo e a Donald Dell. Em 19 de janeiro de 1989, a ATP publicou o calendário para a temporada inaugural de 1990.
Em 1991, o circuito masculino conseguiu o primeiro contrato de televisão para transmissão de 19 torneios. Em 1995, foi lançado o primeiro site da ATP, fato que foi seguido por um acordo de patrocínio de vários anos com a Mercedes-Benz.
Em 2008, novos processos judiciais discutindo praticamente as mesmas questões anteriores, resultaram na completa reestruturação do circuito.
Em 2009, a ATP introduziu uma nova estrutura no circuito masculino profissional denominada ATP World Tour, consistindo na realização de torneios de nível ATP World Tour Masters 1000, ATP World Tour 500 e ATP World Tour 250. Em termos gerais, os torneios Tennis Masters Series se tornaram o novo nível Masters 1000 e os eventos ATP International Series Gold e ATP International Series se transformaram nos níveis ATP 500 e ATP 250, respectivamente.
Os torneios Masters 1000 são nove e são disputados em 10 cidades: Indian Wells, Miami, Monte Carlo, Madrid, Roma, Toronto e Montreal, Cincinnati, Xangai e Paris. O evento de fim de ano, o ATP Finals, mudou-se de Xangai para Londres. Hamburgo foi substituído por um novo evento em quadra de saibro em Madri, que é um torneio masculino e feminino combinado. Em 2011, Roma e Cincinnati também se tornaram torneios combinados.
Severas sanções são aplicadas aos jogadores melhores classificados no ranking que deixarem de competir nos eventos da série Masters 1000, a menos que a ausência se dê por problemas físicos/de saúde, devidamente justificados.
A ATP cogitou eliminar os torneios de Monte Carlo e Hamburgo como eventos Masters Series, no entanto, houve muita polêmica e protestos por parte dos jogadores e dos organizadores. Hamburgo e Monte Carlo entraram com ações judiciais contra a ATP. A justiça decidiu favoravelmente ao pleito de Monte Carlo que continuou como evento de nível Masters 1000, em compensação foi abandonada a obrigatoriedade de competição para jogadores de primeira linha. Mais tarde, Monte Carlo desistiu do processo. Em relação a Hamburgo, a ATP decidiu transformar o Masters em um evento de verão de nível 500. Hamburgo não aceitou essa decisão e recorreu à justiça. A ATP venceu a disputa judicial, o que resultou no rebaixamento do torneio.
Os torneios ATP 500 são 13 e são disputados em Rotterdam, Dubai, Rio de Janeiro, Acapulco, Barcelona, Aegon Championships (Queens Club, Londres), Halle (Gerry Weber Open), Hamburgo, Washington, Pequim, Tóquio, Basel e Viena.
Além do ATP Tour, a ATP também supervisiona o ATP Challenger Tour, um torneio com nível abaixo do ATP Tour, e o ATP Champions Tour para jogadores seniors.
Os torneios Grand Slam, uma pequena parte do torneio olímpico de tênis, a Copa Davis, a Hopman Cup e os torneios de nível introdutório Futures não estão sob os auspícios da ATP. São supervisionados pela ITF e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI ) – para as Olimpíadas. Apesar disso, nestes eventos são atribuídos pontos válidos para o ranking ATP (com exceção das Olimpíadas e da Copa Hopman).
Rankings ATP #
A ATP publica semanalmente a classificação dos jogadores profissionais. Esta classificação é denominada ATP Rankings (também conhecida como “classificação mundial”). Trata-se de uma classificação contínua de 52 semanas para jogadores de simples e de duplas, bem como uma classificação por equipes denominada ATP Doubles Race, que computa os resultados obtidos durante o ano civil. Todos os jogadores ATP também têm uma Classificação Universal de Tênis, com base nos resultados de confronto direto.
Os Rankings ATP são usados para determinar a qualificação para entrada no circuito e a classificação em todos os torneios, tanto de simples como de duplas. Dentro do período do ATP Rankings que consiste nas últimas 52 semanas, os pontos são acumulados, com exceção daqueles para o ATP Finals, cujos pontos são perdidos após o último evento do ano. O jogador com mais pontos no final da temporada é o nº 1 do mundo naquele ano.
No início da temporada de 2009, todos os pontos de classificação acumulados foram dobrados para alinhá-los com o novo sistema de classificação do torneio.
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