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COVID-19 continua afetando o Australian Open

A Tennis Australia informou em novo comunicado que mais 25 atletas foram colocados em isolamento obrigatório por 14 dias.

Em novo comunicado a organização do Australian Open informou que mais um teste positivo para COVID-19 foi identificado em um passageiro que estava a bordo de um voo fretado de Doha – Catar. Esclareceu que o passageiro não é atleta ou integrante de uma das equipes e apresentou teste negativo antes de embarcar.

Por este motivo, todos os 58 passageiros no voo, incluindo 25 jogadores foram destinados a hoteis de isolamento e deverão permanecer no interior de seus quartos por 14 dias.

Com este novo revés acrescido à identificação de um novo caso de coronavírus vinculado ao torneio (descoberto na manhã desta segunda-feira), o primeiro Grand Slam do ano entrou em crise e já computa mais de setenta atletas em quarentena obrigatória.

Muitos jogadores vêm reclamando abertamente nas redes sociais sobre as condições de hospedagem e alimentação e, principalmente, sobre seu inconformismo com o isolamento absoluto já que o acordo inicial permitia cinco horas fora dos quartos do hotel para fins de treinamento.

Mesmo os jogadores que escaparam do rígido isolamento ficaram presos em seus quartos de hotel, sob alegação de problemas relacionados ao transporte dos atletas e reservas duplicadas das quadras de treino.

Novak Djokovic

Enquanto isso as autoridades australianas responsáveis pela quarentena no estado de Victoria (sede do Australian Open) responderam duramente as exigências apresentadas pelo nº 1 do mundo, Novak Djokovic.

O sérvio havia solicitado que a organização do torneio fornecesse equipamentos de preparação física e de treino, bem como alimentação de acordo com o alto nível do torneio e com a dieta de um atleta de elite. Pediu permissão para que atletas visitassem treinadores/preparadores físicos e que estes fossem alocados nos mesmos andares do hotel. Por fim solicitou a redução dos dias de isolamento para aqueles que testarem negativos e a transferência do maior número de jogadores possível para casas privadas com quadras para treinar.

Perante estes pedidos, Emma Cassar (responsável local pela quarentena) foi incisiva: “Para mim é um grande ‘não’ para ele. Não vai haver nenhum tipo de alteração nas condições da quarentena. São 14 dias dentro do quarto, ponto final”.

Ao que parece, as polêmicas e os problemas estão longe de chegar ao fim. Principalmente se forem confirmadas as projeções negativas de um especialista em doenças infecciosas australiano, que alertou que mais jogadores e membros das equipes técnicas provavelmente testarão positivo para o vírus nos próximos dias.